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Renata Camargo dos Passos Barros

por veridiana.rezende publicado 26/01/2022 09h47, última modificação 22/03/2022 07h12

ENTRE O PLANO E O ESPAÇO: AS RELAÇÕES ENTRE FIGURAS PLANAS E ESPACIAIS EM UMA COLEÇÃO DE LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autora: Renata Camargo dos Passos Barros

Orientadora: Dra. Regina Maria Pavanello

Palavras-chave: Ensino de Geometria. Van Hiele. Registros de Representações Semiótica.Livro Didático.

Membros da Banca: Dra. Clélia Maria Ignatius Nogueira (UEM/Unespar); Dr. Saddo Ag Almouloud (PUC-SP)

Data da Defesa: 17/10/2021

IES: Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

URLhttp://biblioteca.unespar.edu.br:8080/pergamumweb/vinculos/00008c/00008c95.pdf

Tipo do documento: Dissertação

Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo analisar como são apresentadas as relações entre figuras geométricas bidimensionais e tridimensionais na coleção A Conquista da Matemática (Editora FTD) recomendada pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e adotada pela secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), para ser utilizado em sala de aula nos Anos Finais do Ensino Fundamental, a partir de 2020. A presente pesquisa se caracteriza como pesquisa qualitativa com delineamento documental (Gil, 2002) e a organização dos dados foi norteada por uma adaptação da análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). A organização da análise consistiu-se em três fases: a pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados. Foram analisados os volumes da coleção referentes aos quatro anos finais do Ensino Fundamental, buscando identificar se a transição entre as figuras geométricas bi e tridimensionais se fazem neles presentes e de que modo. Buscamos também nos documentos oficiais – a Base Comum Curricular – BNCC (2018) e os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS (2008), entender como os conteúdos geométricos estariam distribuídos para os Anos Finais do Ensino Fundamental. A análise dos dados foi realizada à luz do modelo de Van Hiele, e de autores como Crowley (1987), Usiskin (1987), Fainguelernt (2011), Kaleff (1998), buscando em outros autores que contribuem para discussão acerca do ensino e da aprendizagem da Geometria à luz do referido modelo. Nela foi considerada também a Teoria dos Registros de Representação Semiótica de Raymond Duval (1994, 1995, 2012) com o objetivo de analisar as possibilidades proporcionadas pelas figuras utilizadas nos livros para a mobilização das apreensões perceptivas e discursivas pelos alunos dessa etapa da escolarização. As análises revelaram que, embora a Base Comum Curricular – BNCC (2019) aponte a necessidade da retomada dos objetos geométricos bi e tridimensionais no decorrer dos Anos Finais do Ensino Fundamental, as atividades propostas envolvendo conceitos geométricos planos e espaciais são tratadas apenas de forma sucinta nos volumes seis e nove da coleção. Fato que ocasiona uma quebra no desenvolvimento do pensamento geométrico do aluno, segundo os níveis do modelo de Van Hiele, dado que, de acordo com tal modelo, tal construção e avanço entre os níveis, só ocorre se for propiciada uma constante construção e retomada de saberes. Por outro lado, nas atividades apresentadas os tratamentos discursivos e os figurais nem sempre ocorriam de modo simultâneo e de forma interativa, o que pode também interferir na compreensão – e, portanto – na aprendizagem dos alunos. Concluindo, observou-se, mediante a pesquisa, que nos quatro livros da coleção há poucas oportunidades de os alunos voltarem a examinar as relações entre figuras geométricas planas e espaciais. Se considerarmos, além disso, as pesquisas que apontam que tais figuras nem sempre são apresentadas e trabalhadas com os alunos dos Anos Iniciais, seriam de esperar as dificuldades de alunos do Ensino Médio em relação ao tema, como apontado em pesquisas apresentadas no presente texto.