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Vania Sara Doneda de Oliveira

por veridiana.rezende publicado 26/01/2022 09h47, última modificação 26/01/2022 09h47

ENSINO EXPLORATÓRIO DE MATEMÁTICA E TECNOLOGIAS DIGITAIS: UM OLHAR PARA A APRENDIZAGEM DE FRAÇÕES NA PERSPECTIVA DA MEDIÇÃO NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO

Autora: Vania Sara Doneda de Oliveira

Orientadora: Dra. Maria Ivete Basniak

Palavras-chave:  Educação Matemática. Prática de Ensino. Tarefas Exploratórias. Números Racionais. Applets.

Membros da Banca: Dr. Everton Jose Goldoni Estevam (Unespar); Dr. Arthur Belford Powell (Rutgers University)

Data da Defesa: 25/06/2021

IES: Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

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Tipo do documento: Dissertação

Resumo: Este estudo está alicerçado no Ensino Exploratório de Matemática (EEM), nas frações como medida, e medida, e nas Tecnologias Digitais (TD), norteado pela questão de pesquisa: Que possibilidades e dilemas emergem para o/no ensino e para a/na aprendizagem de frações na perspectiva da medição ao planejar e desenvolver aulas assentes no Ensino Exploratório de Matemática com estudantes do 6o ano do Ensino Fundamental no contexto do Ensino Remoto de Emergência? Para respondê-la, foi assumida a perspectiva qualitativa de pesquisa de cunho interpretativo. A pesquisa foi realizada em uma escola pública estadual do interior do Paraná, com 22 alunos do 6o Ano do Ensino Fundamental, que preencheram os termos de assentimento e consentimento Compõem os dados desta pesquisa: o estudo de literatura para a estruturação de quadros teóricos que fundamentam a pesquisa; e as transcrições das gravações das aulas desenvolvidas, as quais foram complementadas pelos registros dos alunos ⎼ fotos do caderno das resoluções das tarefas e da sistematização das aprendizagens matemáticas e arquivos de texto do Google Documentos ⎼ enviados via plataforma Google Classroom. Também, os estudos revelaram que, para compreensão de números racionais, é necessário compreender suas diversas interpretações, entre eles medida, parte-todo, quociente, razão e operador, que devem ser ensinados aos alunos ao longo do Ensino Fundamental e Médio, e sugerem o início do ensino de frações como medida. Esta interpretação coincide com a gênese histórica das frações, que emerge da necessidade de medir quantidades contínuas, sendo imprescindível estabelecer uma unidade de medida para realizar comparações multiplicativas, e a equivalência de frações é fundamentada na magnitude numérica. Para nortear o desenvolvimento das aulas, foram adaptados e ampliados quadros referentes ao EEM com as ações do professor quanto à organização para aula no contexto do ERE; à promoção da aprendizagem matemática; e à gestão da aula, e com o papel esperado dos alunos. As tarefas de natureza exploratória contemplaram as diferenças das propriedades dos números naturais e fracionários, destacando a sinalização de magnitude numérica, representação simbólica, densidade, produto e quociente. Para isso foram utilizados applets que pudessem contribuir para os objetivos elencados das tarefas, e a Gênese Instrumental foi a lente teórico-metodológica escolhida para analisar a ação intencional do sujeito (aluno), que utilizando esquemas mentais de uso, transforma o artefato (applet) em instrumento (para resolver a tarefa). As análises dos dados mostraram que o desenvolvimento das aulas assentes no EEM favoreceu para que os alunos compreendessem a diferença da propriedade de sinalização de magnitude numérica dos números naturais para os fracionários, quando conseguiram comparar frações, e compreenderam que frações equivalentes têm a mesma magnitude, mas podem ser escritas por representações simbólicas diferentes. Quanto ao produto, os alunos concluíram que, quando se multiplicam frações diferentes de zero e um, o resultado da multiplicação pode ser menor do que um dos fatores, o que não ocorre nos números naturais. No que se refere à prática investigada sinaliza-se a insuficiência de horas-atividade para professores planejarem e elaborarem aulas inovadoras, a importância do planejamento coletivo, e que o ERE fez emergir desigualdades sociais, excluindo estudantes que não têm acesso a equipamentos e/ou internet de qualidade.