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Carolina Marangoni da Silva

por veridiana.rezende publicado 24/01/2022 15h00, última modificação 20/10/2025 16h26

CONFIGURAÇÃO SUBJETIVA DA AÇÃO DOCENTE DE UMA PROFESSORA DE MATEMÁTICA

Autor(a): Carolina Marangoni da Silva

Orientador(a)Prof. Dr. Wellington Hermann

Apoio: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Palavras-chave:  Relação com o saber; Sentido subjetivo; Subjetividade; Ensino de matemática; Autoscopia.

Membros da Banca: Prof. Dr. João Henrique Lorin; Prof. Dr. Marcus Vinicius Martinez Piratelo

Data da Defesa: 02/07/2025

IES: Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

URL: https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/932

Tipo do documento: Dissertação

Resumo: Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender as expressões de sentido subjetivo por meio da configuração subjetiva da ação de uma professora de matemática da rede estadual paranaense, em relação às suas ações desenvolvidas em uma turma do 8o ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Campo Mourão - PR. A participante da pesquisa foi uma professora de matemática, que na ocasião lecionava nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, vinculada ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão - PR. A produção dos dados ocorreu por meio da técnica de autoscopia, que combinou videogravações de aulas ministradas pela professora com sessões de análise e reflexão em que ela revisitou suas ações. Notas de campo e entrevistas semiestruturadas também foram utilizadas como estratégias auxiliares de produção de dados. Ao todo, foram registradas em vídeo 12 aulas, organizadas em 6 gravações. As gravações foram organizadas com base em categorias de ação docente previamente definidas. A partir dessa organização, foram selecionados blocos de cenas para compor as sessões de autoscopia. Nessas sessões, a professora assistiu aos trechos selecionados e compartilhou suas reflexões, que foram aprofundadas por meio de entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de favorecer a análise e a compreensão das ações docentes em sala de aula. A análise dos dados baseou-se nos movimentos da Análise Textual Discursiva (ATD), e o corpus da pesquisa foi composto pelas transcrições das falas da professora ao observar as cenas e de suas respostas nas entrevistas. As 10 categorias de ação docente relacionadas aos blocos de edição orientaram a constituição do corpus da pesquisa e, por isso, foram adotadas como categorias a priori. Essas categorias, que foram devidamente descritas, são: Atribuição de funções para alguns alunos; Chamada à ordem/repreensão; Correção verbal; Correção dos exercícios no quadro; Elogio; Explicação; Relações interpessoais; Punição; Supervisão/correção dos exercícios; e Utilização de tecnologias para o ensino. A partir da articulação entre os excertos produzidos nas sessões de autoscopia e os referenciais teóricos que fundamentam este estudo, estruturou-se a configuração subjetiva da ação docente da professora Clarice. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a configuração subjetiva da ação docente de Clarice é marcada por múltiplos sentidos subjetivos, produzidos na articulação entre suas experiências como aluna e como professora, e reorganizados continuamente em sua prática. Os dados analisados indicam que sua ação docente é atravessada por afetos, pela percepção da dinâmica de cada turma e pela subjetividade social da escola. A subjetividade docente de Clarice constitui-se como um processo relacional e dinâmico, permeado por conflitos e transformações, evidenciando que ela se reconhece como sujeito de sua ação, capaz de ressignificar suas práticas e ampliar sua compreensão sobre si mesma, seus alunos e o contexto escolar em que atua.