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Ingrid Ponvequi Oliveira

por Renan L. Fonseca publicado 13/12/2023 18h23, última modificação 13/12/2023 18h23

FRAÇÕES NA PERSPECTIVA DE MEDIÇÃO E O CUISENAIRE FÍSICO E DIGITAL

Autor: Ingrid Ponvequi Oliveira

Orientadora: Maria Ivete Basniak

Palavras-chave: Frações; Barras Cuisenaire; Medida.

Membros da Banca: Prof. Dra. Maria Ivete Basniak (UNESPAR); Profa. Dra. Nilce Fatima Scheffer (UFFS); Prof. Dr. Sérgio Carrazedo Dantas (UNESPAR).

Data da Defesa: 27/03/2023

IES: Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

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Tipo do documento: Dissertação

Resumo: O estudo está alicerçado nas frações como medida e no uso das Barras Cuisenaire, seguindo a questão norteadora: Há diferentes contribuições no uso das barras Cuisenaire físicas e digitais para a aprendizagem de frações na perspectiva de medição? Se sim, quais? Para responder à questão, foi assumida a perspectiva qualitativa de pesquisa de cunho interpretativo. A pesquisa foi realizada em uma escola pública no interior do Paraná com 6 alunos do 7º ano, também contando com dados empíricos utilizados na análise advindos de vídeos e transcrições de gravações de aulas desenvolvidas no modelo do Ensino Remoto de Emergência em uma escola pública estadual do interior do Paraná, com 22 alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental. Os estudos revelam que, atualmente, o ensino de frações se baseia na perspectiva de partição, no modelo que fração é parte de um todo, trazendo problemas epistemológicos assentes dos conceitos dos Números Naturais. A perspectiva adotada neste estudo refere que, para a compreensão dos Números Racionais, é preciso entender suas interpretações: medida, parte-todo, quociente, razão e operador, que necessitam ser ensinadas durante o Ensino Fundamental e Ensino Médio, e indicam o ensino de frações como medida. Esta interpretação coincide com a gênese histórica das frações, que emergiu da necessidade de medir quantidades contínuas, sendo imprescindível estabelecer uma unidade de medida para realizar comparações multiplicativas, e a equivalência de frações é fundamentada na magnitude numérica. O estudo é amparado por Rabardel (1995), que desenvolveu a perspectiva teórico-metodológica chamada Gênese Instrumental, utilizada com intuito de olhar o desempenho do sujeito (aluno) mediado por um artefato (Cuisenaire físico e digital) que, utilizando esquemas mentais, transforma o artefato em instrumento para resolver tarefas propostas. As análises evidenciaram que os alunos, ao manusearem e compararem, identificaram diferenças entre as barras e perceberam suas relações, desenvolveram conceitos matemáticos a respeito do conteúdo de frações. Também compreenderam a diferença de magnitude numérica dos números naturais para os fracionários, além de estabelecerem as relações multiplicativas. Em relação à Gênese Instrumental, as barras físicas e digitais não são somente um artefato em que são visualizados atributos de cores e tamanhos, mas se transformam em um artefato que foi usado para medir, e que contribuiu para a aprendizagem de frações na perspectiva de medição. Além disso, permitiram ao aluno utilizar estratégias em que as barras assumem posição de instrumento para realizar as medidas conforme os objetivos das tarefas, e assim, por meio de esquemas de utilização, tornam-se instrumentos utilizados na aprendizagem do aluno em relação ao conteúdo de fração.